A carbonatação do concreto é um dos mecanismos mais comuns e silenciosos de degradação em estruturas de concreto armado. Esse processo natural e lento, conhecido como carbonatação do concreto, reduz a alcalinidade do material e pode comprometer seriamente a durabilidade das construções ao longo do tempo.
Este artigo explica o fenômeno, suas consequências, formas de detecção e as melhores práticas para prevenção e tratamento.
O que é a carbonatação do concreto?
A carbonatação é a reação química entre o dióxido de carbono (CO₂) presente na atmosfera e os compostos alcalinos do concreto, em especial o hidróxido de cálcio (Ca(OH)₂), presente na pasta de cimento hidratada. O resultado dessa reação é a formação de carbonato de cálcio (CaCO₃) e, mais importante, a redução do pH do concreto — que pode cair de valores acima de 12,5 para abaixo de 9.
Por que isso representa um risco estrutural?
O aço das armaduras do concreto armado é protegido da corrosão por uma camada passivadora, formada graças ao ambiente alcalino do concreto. Quando o pH é reduzido pela carbonatação, essa proteção é rompida. Com a presença de umidade e oxigênio, inicia-se o processo de corrosão das armaduras, que pode evoluir de forma silenciosa por anos, até se manifestar em fissuras, desplacamentos e perda de resistência da estrutura.
Fatores que aceleram a carbonatação:
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Concreto poroso ou com alta permeabilidade;
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Cobrimento insuficiente das armaduras;
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Cura inadequada do concreto;
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Ambientes urbanos ou industriais com alta concentração de CO₂;
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Ciclos frequentes de umedecimento e secagem.
Como identificar a carbonatação?
O método mais comum e eficaz é o ensaio com fenolftaleína. Após a abertura de uma amostra (testemunho) na estrutura, aplica-se uma solução de fenolftaleína sobre a superfície exposta:
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Concreto não carbonatado (alcalino): coloração rosa intensa;
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Concreto carbonatado: permanece incolor.
Essa análise permite medir a profundidade da carbonatação e identificar se já alcançou a armadura, indicando risco de corrosão ativa.
Quais são as consequências da carbonatação?
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Início da corrosão das armaduras;
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Fissuras e desplacamento do cobrimento;
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Perda da seção útil das barras de aço;
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Redução da capacidade de carga da estrutura;
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Aumento dos custos de manutenção corretiva.
Como prevenir a carbonatação?
A prevenção começa na concepção e execução da estrutura. Algumas medidas essenciais incluem:
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Utilização de concretos com baixa permeabilidade, incorporando adições pozolânicas;
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Cobrimento das armaduras conforme a classe de agressividade ambiental (NBR 6118);
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Cura eficiente e prolongada do concreto;
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Aplicação de revestimentos protetores, hidrofugantes ou barreiras contra CO₂;
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Programas de inspeção periódica e manutenção preventiva.
Tratamento técnico da carbonatação em estruturas afetadas
Quando o processo de carbonatação já atingiu as armaduras, é essencial agir com técnica e precisão:
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Remoção do concreto deteriorado até atingir material íntegro;
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Limpeza e tratamento das armaduras, com uso de inibidores ou convertedores de corrosão;
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Aplicação de ponte de aderência e argamassa de reparo compatível;
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Proteção da superfície com sistemas de impermeabilização ou barreiras contra dióxido de carbono.
Como a Alzata trata estruturas com carbonatação
Na Alzata Engenharia, tratamos a carbonatação como parte de um protocolo técnico completo de reabilitação estrutural, considerando:
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A classe de agressividade do ambiente;
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As características da edificação;
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O grau de avanço da patologia.
Nosso objetivo é restaurar a funcionalidade e a durabilidade da estrutura com segurança, agilidade e respaldo técnico — garantindo tranquilidade ao cliente e performance ao ativo. Entre em contato para fazer seu orçamento!